sexta-feira, 22 de julho de 2011

Você já esteve em Bertioga?


“Então aceite o alerta do viajante José Saramago: nenhuma viagem é conclusiva. Quando uma viagem termina, outra imediatamente se inicia, já que sempre é preciso ver o que ainda não foi visto ou ver com novos olhos o que já se viu. Sentir o sol onde primeiramente a chuva caiu, ver de dia o que se viu de noite, conversar novas conversas, sentir de novo os velhos aromas, ver a onda que mudou de lugar, a sombra que antes não estava ali. É preciso voltar ao caminho que já se fez, para traçar caminhos novos ao lado dele. É preciso recomeçar a viagem.” (Guia de viagem – SESC Bertioga)


Já estive muitas vezes em Bertioga, sempre na unidade do SESC, mas desta vez foi especial. Fomos meu pai, minha neta Vitória e eu. Uma aventura à parte, se considerarmos que ele tem 91 anos e meio e ela 14 e meio – associação que de princípio me assustava. Ambos dependeriam da minha atenção e com interesses diametralmente opostos. Será? Se por um lado devia estar atenta à pressão arterial, dores e medicação de um, por outro se fazia necessário acompanhar a outra em atividades que exigiam a presença de um adulto responsável e das quais aquele não participava.


Da corridinha emergencial ao banheiro a um agitadíssimo show de rock dos anos 80 - um quebra cabeça que se resolveu assim que descobriram o lago e a possibilidade de pesca. Ambos se interessaram e daí por diante foi fácil administrar as atividades. Pescavam juntos ou quando saímos para passeios meu pai ficava imóvel, hipnotizado pelos movimentos imperceptíveis da linha de pesca, por horas, protegido sob o guarda sol e aos cuidados dos dedicados funcionários daquela unidade, verdadeiros cuidadores de idosos.


Sobre o SESC nada há a dizer. Perfeito como sempre, ressaltando-se as reformas no restaurante que tornaram nossas refeições verdadeiras viagens.


Desta vez fomos até a estação de captação de águas do SESC, na Serra do Mar, numa caminhada de três quilômetros a partir do Rio Itapanhaú. Trilhas, curiosidades ambientais e históricas, muitas bromélias floridas e, é claro, banho nas águas cristalinas de um poço d água no Rio Guaxanduva.


Como prometi as fotos, que falam mais que mil palavras e meus agradecimentos à Vitória que me aturou e proporcionou bons momentos em sua companhia.

4 comentários:

  1. Ah Lidia que momentos especiais entre gerações tão diferentes unidas pelo amor. Parabéns pelo passeio, fotos e por ter postado no seu blog.
    abraço

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  2. Achei fantástico esse encontro de gerações. Aliás, por conhecer vocês 3, tenho certeza que foi divertidíssimo e que nem as "manias" atrapalharam muito. Bela história, excelentes fotos para a eternidade.

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  3. Este lugar deve ser muito bom...

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  4. eu ja vui e gostei de mais...

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