quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mais uma vez é Natal...


...e como em todos os anos, me reporto à infância, onde o Natal era o que de melhor a vida podia oferecer.

Mesmo sendo meu pai operário de fábrica e minha mãe uma modesta dona de casa, sempre tivemos natais maravilhosos, plenos de fantasias, desejos realizados e com profundo significado.

De nossos poucos vizinhos, éramos as únicas crianças que acreditavam em Papai Noel. Meus pais não tiveram medo de correr o risco e contemplar-nos com essa fantasia.

Quando o fantasma do desemprego instalou-se em nosso lar e parecia que pela primeira vez o Natal seria diferente, eles, com sua criatividade e amor garantiram a realização de nossos sonhos.

Meu pai, na pequena oficina de meu tio, trabalhando noites a fio até altas horas e minha mãe, segurando-nos dentro de casa, para que não “atrapalhássemos” o trabalho dele, garantiam os presentes.

Na manhã da Grande Festa, debaixo de nossa árvore (de cipreste vivo), aguardavam-nos exclusivos brinquedos confeccionados com madeira, tecidos e outros materiais que circulavam em nossa casa. Papai Noel trouxera. Não sei como, mas não duvidávamos disso.

Acho que meus pais, em sua simplicidade, entenderam o verdadeiro sentido do Natal. Burlaram as dificuldades, os apelos consumistas e as crises domésticas formando em nós, graças à força de seu amor, um conceito sólido sobre o significado dessa festa e da própria vida.

Este ano, já arrumei a árvore nesta casa que é a de meus pais, pela primeira vez sem a participação da minha mãe, mas toda dedicada a ela em memória de todos os magníficos natais que me proporcionou.

Um comentário:

  1. ah Lidia quantas lembranças doces e boas o seu texto me fêz recordar
    preparação para o Natal, a árvore, os enfeites,os presentes tão sonhados debaixo da árvore
    meu pai ,minha mãe
    os irmãos reunidos
    como num passe de mágica nada mais disso
    abraço grande minha amiga

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