quarta-feira, 27 de junho de 2012

Aquilo que era vida!

O ano de 1960 foi muito especial para mim.

Cursava o 3º ano do antigo ginásio e dava aulas de reforço para dois primos, Moacyr e Pedrinho, ambos, dois anos mais novos que eu.

Aos sábados eles vinham à minha casa para as aulas e podiam ficar  até a hora que quisessem, aos cuidados da “Lídia, a prima mais velha, comportada e ajuizada”.

Colocávamos a matéria da semana em dia, depois... iahuuuuuuu!!!!! Liberdade! Pegávamos nossas bicicletas e partíamos em direção ao Aeroporto de Congonhas.

Da rua do Níquel, no Brooklin, até o aeroporto é uma boa estirada (é só olhar no Google), boa parte dela com subidas íngremes. As ruas eram de terra, com sulcos feitos pelas enxurradas e cobertas de pedregulhos e as bicicletas não tinham marchas. Nosso objetivo era apostar corrida.

Quando chegávamos ao aeroporto, respirávamos fundo e 1...2...e já! Descíamos desabalados através da Washington Luís, Joaquim Nabuco, Zacarias de Góes, Martim Francisco (hoje Laplace), a rua do Ouro ( hoje Constantino de Souza), a Platina ( atual Eng Luis A Tambasco) - que mania que eles têm de mudar os nomes das ruas!... - e finalmente rua do Níquel. Não havia trânsito, atravessávamos as ruas sem parar para olhar, levantando poeira e pedras.

Quando os meninos iam embora, a prima ajuizada escondia os joelhos e cotovelos ralados e esperava feliz da vida pelo próximo fim de semana para se soltar livremente por aquela São Paulo serena e amiga.

3 comentários:

  1. É verdade que vc dirigia motos?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Quem é você "Anônimo?" Obrigada pela visita ao blog. Apresente-se e respondo sua pergunta.rsrs

      Excluir
  2. Nessa época do texto, meu pai tinha uma moto, 350 cilindradas e nos finais de semana me levava para os lado do Morumbi, que na época era um imenso loteamento e lá me deixava dar umas voltinhas. Era uma delícia!!!!!!!

    ResponderExcluir

Obrigada pela visita. E por favor, deixe seu nome para que possa agradecer individualmente.