domingo, 27 de outubro de 2013

Dói, sempre dói...

Hoje completamos um ano do falecimento do meu pai, um dia depois da data de  nascimento da minha mãe, que este ano completaria 90 anos e se foi em fevereiro de 2011.  A vida cumpre seu  ciclo e,  na humildade de nossa impotência, só nos compete aceitar. Dizer amém!

Não quer dizer que seja fácil, que não haja dor, lágrimas, dúvidas, culpas, arrependimentos. Somos humanos. Aos que têm fé em algo além desta passagem terrestre  restam consolo e esperança. Mas dói, sempre dói.

Fui aos cemitérios, sim, cemitérios, são dois, cumprir o preceito  de finados, orar, levar flores àqueles que tanto as amavam em vida e porque não dizer, ter aquela conversa com eles. Avós, pai, mãe e filhos.

Depois da Missa, em intenção de todos da família, vivos e mortos, chego em casa e encontro mortos, os dois peixes  que restaram no tanque do meu pai. Estavam doentes, sendo tratados há alguns dias e morrem justamente hoje.

Senti como se um ciclo se encerrasse e realmente fosse  chegada a hora de dar um rumo no que resta da minha vida, liberta das teias que prendem ao passado. Criar coragem e desfazer-me de animais de estimação – ainda restam as tartarugas e o gato Azambuja - objetos, móveis e até da casa onde vivo, afinal somos apenas passageiros desta existência, nada realmente nos pertence, nem coisas, nem pessoas. Só nascemos e só deixaremos esta vida, então pra que ter tanto para cuidar se o que importa e conta é apenas o ser, e este, está em qualquer lugar ou situação em que estejamos.

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