sexta-feira, 24 de junho de 2016

PERU – Compilado de Viagem V – Nasca

Terceiro dia da viagem. Parece mentira que já vi tantas maravilhas. Certo que está bem corrido, mas foi escolha minha: aproveitar o máximo dentro do tempo e do orçamento possível.


Em Paracas, além do aconchegante hotel e da visita às Islas Ballestas, restam atividades radicais, como por exemplo, a corrida de boogie gradeado no deserto, ou as baladas, o que realmente não fazem o meu gênero. Então, hora de partir.

O guia me acompanha até a rodoviária (terraporto), toma as providências necessárias e, depois de uma revista à mochila por um sisudo fiscal, embarco com destino a Nasca. Serão quatro horas de viagem através de desertos e das montanhas que anunciam os Andes. Faço um lanche no ônibus e no final da tarde estou no gracioso hotel em Nasca.







A rua é o calçadão da cidade, de pedra com calçadas de granito, porta de entrada do mundo inca para mim. 


Logo cedo deixamos o hotel com destino ao aeroporto onde sobrevoaremos as linhas de Nasca. Aliás, o sobrevoo é interessante, a copiloto,  uma senhora, indica a direção das figuras. Confesso que esperava mais, ingenuidade minha  pensar que daquela altura seria possível ver tudo nitidamente, vê-se sim as figuras maiores como o Condor, o Colibri, o Mono  e outras menores, o papagaio, a árvore e as mãos, que até surpreendem. Fotos nítidas? Só com teleobjetiva.











Mais que uma aventura, o sobrevoo representa uma oportunidade de reflexão: o que significam as linhas retas, triângulos, trapézios daquele platô? Como executaram figuras imensas com tanta precisão? Seriam os deuses astronautas?

Ao contrário do que eu pensava os traços não são profundos, têm de 3 a 4 cm de profundidade. Sua preservação se deve a encontrar-se no deserto, entre montanhas, onde quase não venta e não chove. 

Como não estivesse incluído no pacote, contratei um tour à cidade para conhecer as ruínas pré-inca e visitar os aquedutos de Nasca. Não poderia estar lá e não conhecê-los. Fruto do conhecimento dessa civilização pré-inca, eles desafiam o tempo, protegidos por terraças e continuam ainda hoje a levar a água vinda das montanhas através de canais ocultos, a toda parte, permitindo que se tenha uma lavoura desenvolvida. Não é à toa que Nasca significa oásis, no idioma Quéchua.







De quebra, na volta visitamos o atelier de um artista que reproduz a cerâmica Nasca e uma oficina de tecelagem paracas e nasca, pintura de tecidos e de confecção de objetos de prata com incrustações de pedras e conchas locais. 







Como ninguém é de ferro, almoço no hotel, tento atualizar minha vida internética (todos os hotéis têm computador à disposição e de graça, mas o google me estranhou e a cada cidade bloqueava minha conta informando que tentaram invadi-la na cidade anterior), enquanto espero a hora de partir para Arequipa. Ufa!




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