segunda-feira, 11 de maio de 2015

Natal, 11 de maio de 2015


Há exatos 30 dias do meu aniversário de 70 anos, estou em Natal - RN, passando uns dias com meu neto Cláudio, que se formou no ensino técnico. Curto sua companhia, da esposa Taís, uma graça de pessoa e acompanho de perto seu dia a dia, sua luta rumo à conquista de suas metas, muito bem definidas, o que me enche o coração de alegria.

Daqui, sigo para Fernando de Noronha, para uma breve estadia, presente de aniversário que me dei. Confesso que estou ansiosa e cheia de dúvidas, pois pela primeira vez assumo um passeio por completo, sem a intermediação de agência. Vou por mim mesma, como se diz. Ansiosa mas não temerosa, como seria há alguns anos. Escolhi  esse período pois foi quando consegui bons preços de passagem e estadia.

De lá volto a Natal para então curtir com muita calma, a companhia do Walter, meu filho da esposa Káthia, do pequeno Tê, o caçula daqui, não tão pequeno assim, já com seus catorze anos, um mocinho. Também estarei com a Camila, minha neta, seu esposo Rômulo e o pequeno - este pequeno mesmo - Artur Miguel, meu único e lindo bisneto, agora já com dois anos de idade.

Em razão da distância, pouco  nos vemos, mas muito nos amamos e espero que esses encontros sejam momentos para matar saudades, saber das novidades, relembrar coisas boas, ajustar meus rumos e voltar com a alma renovada.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Natural, natureba, relaxada...

Exemplo


Falta do que fazer é um problema. Os antigos já diziam que  mente vazia é oficina do diabo. Pode ser... Por conta de um final de gripe que resultou em faringite aguda e tosse insuportável, contrariada, me recolhi à minha insignificância para repousar, enquanto os medicamentos fazem efeito. 

Não é  meu perfil a ociosidade, preciso estar fazendo... Inventando moda... Então, pra ficar quieta, navego na internet em busca de algo interessante que me prenda e, de repente, me deparo com uma nota de 2013, que me leva a uma divagação.

A nota:

“IBGE aponta que brasileiro gasta mais com beleza do que com comida

As vendas de cosméticos crescem aproximadamente 13% ao ano. Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE revelou que o brasileiro gasta mais com beleza do que com comida. 

Segundo o levantamento, dos R$ 43,4 bilhões que os brasileiros gastaram comprando produtos de higiene, beleza e cuidados pessoais em 2011, R$ 19,8 bilhões foram desembolsados pela classe C. 

Brasileiros com renda entre dois e dez salários mínimos gastam 1,3% do que ganham mensalmente para cuidar dos cabelos e das unhas. É quase o dobro da despesa com arroz e feijão (0,68%). Os gastos com shampoo, condicionador, maquiagem (1,46 do salário) chegaram a ser quase a mesma coisa que se gasta com carne (1,73%).

É certo que quando eu era criança e adolescente, mesmo que quisesse não poderia gastar com beleza, mal tínhamos para comer, vestir  e manter as crianças na escola – coisa que dona Maria Aparecida Walder  não abria mão. Ela, sempre teve um baton, um potinho de pó de arroz e um frasco de Leite de Colônia, que duravam meses,  na gaveta,  junto ao pente e, era esse todo seu arsenal de beleza. E ela era linda. Sua pele sempre longe do sol, perfeita até a morte. A sua maior vaidade era, fazer  permanente no cabelo, uma vez por ano. Presente de aniversário.

Para as novas gerações, falar em lavar o cabelo com sabonete, o mesmo do banho, usar água com vinagre como condicionador (também como amaciante de roupas), traz aos rostos expressão de nojo. Mas era assim e pronto!

Não mudei muito. Só vou ao salão de beleza de um amigo do bairro,  para cortar o cabelo, que ainda é original de fábrica até na cor e lavado somente com sabonete sem hidratante devido à alergia. Quando está seco ou sem brilho, enxáguo com água e vinagre de vinho, meio a meio. Mãos e pés eu mesma faço e nunca  pintei olhos ou sobrancelhas.  

Na mesma  gaveta da minha mãe, tenho desodorante, hidratante, pó compacto, protetor solar e baton e é tudo. Gosto de sol, mar, vida ao ar livre, por isso, ou por não usar Leite de Colônia (!), não tenho a pele perfeita como a minha mãe. 

Quanto ao investimento para adiar o envelhecimento do exterior, considero-o 
efêmero. Mais dia, menos dia, a pele enruga, tudo cai, só a gengiva retrai e aí? O que fica é apenas o que foi investido na saúde, nossa beleza interior -  como diz o Dr. Fabrício, meu cardiologista - e a que conta.

Não considero esse meu modo de ser uma virtude, como não acho defeito  o contrário.  Apenas sou assim. Não brigo com o espelho, me aceito como sou, jamais e por ninguém seria diferente. Mas considero absurdo pessoas de poucas posses gastarem com beleza, muitas vezes em detrimento de uma alimentação mais saudável.

Voltando à nota do IBGE,  se a indústria de cosméticos dependesse de pessoas como eu, estaria falida há muito.

E por falar nisso, aí vão algumas dicas de beleza sem sair da cozinha:

1 - Amaciante e branqueador para as mãos e pés
Sumo de um limão
1 colher de sobremesa de açúcar
3 gotas de azeite de oliva
Misture bem e massageie demoradamente as mãos e os pés. Enxágue com água mineral. Ficam limpos e macios.

2 – Condicionador
½ copo de vinagre de vinho (comum)
½ copo de água mineral 
Despejar no couro cabeludo e nos cabelos lavados, massagear um minuto e enxaguar com água mineral morna ou fria se suportar.

3 – Limpeza e esfoliação do rosto
1 colher de sopa de abacate amassado
10 gotas de sumo de limão
1 colher de sobremesa de açúcar
Massagear o rosto  até que os grânulos do açúcar desapareçam, aplicar o restante da mistura e deixar secar.
Lavar com água mineral.

Obs.: Sempre nos enxágues, água mineral, por não conter cloro.