Chego em casa depois do almoço e ao levar o lixo para o quintal vejo, dentro da vasilha, um peludinho. Dormia tão profundamente que fui em busca da câmera, voltei e ele nem se mexeu. Achei que estivesse morto.
Virei a vasilha e nada. Virei mais e ele levantou a
cabecinha e esticou a longa cauda. Um filhote crescidinho de gambá. Já havia
sido visto por aqui, inclusive outro exemplar adulto que passeia nos muros e
telhados. Mas tão perto, foi mágico.
Fotografei e ele sonolento tentava entender o que era
aquilo interrompendo seu sono diurno. Sim, como é um animal de hábitos
noturnos, devia estar muito cansado e confuso com a luz do flash.
Deitei a vasilha, ele fez um farto xixi, saiu observando o
local cautelosamente e correu para o meio das plantas, sempre me olhando.
Confesso que tive a tentação de adotá-lo, é muito fofinho, mas depois da experiência com o casulo, atendi ao bom senso e deixei que se fosse.
Realmente sou uma privilegiada