sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Amigas para sempre


2013 passou tão rápido, que nem parece que teve o mesmo número de meses, dias, horas. Chegamos em novembro e só então foi possível, meio de última hora, no improviso, fazer acontecer o tradicional encontro das professoras aposentadas da EEPG César Martinez, no dia 26, no Empório Moema, Avenida Macuco.

Foi o único do ano, mas acho que por isso mesmo, foi muito, mas muito bom. Matamos saudades, compartilhamos um pouco de nossas vidas, rimos bastante. Pena que não houve tempo hábil para que outras comparecessem, mas por ter sido tão bom, todas saíram animadas para que se realize outro, logo no começo do ano. Momentos assim precisam acontecer mais vezes.










quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Fotografei o "Alma de Gato"!



Aproximadamente um mês depois que postei o texto abaixo, nosso Alma de Gato apareceu por aqui, passou de galho em galho tranquilamente e até me permitiu fotografá-lo sem muito espanto. Lindo!


Desapego ou renovo?




Já estava quase decidida a dar uma virada na minha vida, mudar-me, desfazer-me das coisas acumuladas durante décadas e que na verdade têm apenas valor sentimental e, eis que um pássaro diferente me aparece por aqui.

Há mais de um ano que não alimento as aves para desapegar-me delas, pra que cantem em outra freguesia. São sabiás, sanhaços, bem-te-vis, rolinhas, maritacas, corruíras, sebinhos, beija-flores e até um solitário pica pau, que mesmo sem a quirera e o girassol continuaram a cantar por aqui por causa das árvores frutíferas. Não ia deixar as aves morrerem de fome! 

Mas o novo pássaro me encantou. De bom porte, cauda  longa, cor de ferrugem, com detalhes amarelos nas pontas das penas da cauda. Um canto estranho  como um miado, o que justifica  seu  nome popular, encontrado na internet, é claro: Alma de Gato (Piaya Cayana).

Arisco demais, não se deixa fotografar, mas chega bem perto da casa, pousa nos galhos do limoeiro e se alimenta das lagartas que ali nasceram. Também vai ao chão e belisca as aparas de frutas que colocamos para as tartarugas.

Conclusão: já construí uma prateleira  (com sucatas pegas em caçamba) para alimentar as aves, comprei novamente quirera e semente de girassol,  podei as plantas, decorei com  alface de água o tanque dos peixes falecidos, até fiz uma semeadura  hidropônica de agrião e rúcula, tão animada fiquei. 





Minha  irmã não aceita  me ver presa a esta casa, mas até se animou com a ideia de que me torne guardiã de uma pequena reserva ambiental, com plantas, aves, água de nascente, muita paz e tranquilidade. Será que vai dar certo?

Foto e informações sobre o “Alma de Gato” encontrei neste site: 



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Memórias de Finados



Lembro-me do tempo em que fazia parte do movimento da Legião de Maria. Como é ainda hoje, tínhamos reuniões semanais, rezávamos o terço, fazíamos visitas às famílias, aos doentes e no dia de Finados, após a celebração da Missa, íamos ao cemitério de Santo Amaro, para, em duplas, rezar o terço na intenção dos mortos.

Naquele tempo não me sentia à vontade no cemitério. Aqueles túmulos abandonados, deteriorados, produziam em mim uma sensação de terror e voltava dessas manhãs de penitência, angustiada, pesada. Era muito jovem e nenhum dos meus ainda ocupava o túmulo da família, construído pelo meu avô.

Hoje, não participo mais da Legião de Maria, admiro de longe seu trabalho, mas vou por minha conta aos cemitérios e eles não me causam mais aquela impressão. Pelo contrário, ali, parece que estou em comunhão com meus falecidos, que hoje já são muitos e volto com a alma lavada, a certeza tranquila de que eles estão bem, livres de suas aflições, em paz. Que o que fiz ou deixei de fazer pertence a um tempo inatingível e que de nada adianta me ocupar disso.

Dos meus tempos de legionária guardo lembranças e saudades, entre os quais, minha parceira de terço no cemitério, a Damáris, amiga querida que reencontrei depois de 40 anos e já faleceu e o nosso grupo, do Praesidium Regina Angelorum, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de parte do qual tenho a foto que ilustra este texto.