quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Desconectada? Só da internet...

Léa e Walter com os pais Luiz e Deolinda no Jardim da Luz - 1920

Lembrei-me agora, do texto que segue, escrito há 5 anos. Nada melhor do que publicá-lo novamente, como mais uma homenagem de aniversário.

Na ocasião, recebi uma cartinha da tia Léa. Cartinha sim, ela não faz uso da internet e já não andava sozinha por aí, como fez a vida toda, assim, não podendo vir pessoalmente, me enviou através dos correios um recorte de jornal que achou que eu gostaria de ver. Não foi a primeira vez que recorta e guarda para mim matérias relacionadas à cidade, e que me conhecendo como conhece, tem certeza que vou gostar. E sempre acerta!

Tia Léa, extremamente dedicada aos seus, mas sempre antenada em tudo o que se passa à sua volta e no mundo, lê muito, viaja bastante com grupos de terceira idade, assim permanece uma senhora conectada à vida e ao mundo, tendo sempre novidades para contar. Um papo com ela é uma delícia.


Bem, o recorte de jornal que me enviou, trata do artigo “A paz numa fachada da Paulista”, de autoria do professor de Sociologia da Faculdade de Filosofia da USP, José de Souza Martins, publicado na seção Tesouro Paulistano, no Caderno Cidades/Metrópole de O Estado de São Paulo, do dia 18/11/2006, sobre o painel de cerâmica policromada, que decora a fachada do Edifício Nações Unidas, na Avenida Paulista 648. Esse painel é “um delicado manifesto visual contra a Guerra Fria e em favor da união dos povos”, nas palavras do autor da matéria.

Claro que eu já conhecia o painel, passo por ali diversas vezes ao transitar pela nossa mais paulista das avenidas, mas, o que me leva a escrever, é o fato de, de repente, receber das mãos de quem está bem distante daquele agito, mas muito mais ligada do que eu, essa matéria, repleta de informações sobre a história de um dos mais antigos prédios da cidade e mais, com a biografia do autor da obra que o decora: Clóvis Graciano, que entre outras coisas integrou o chamado Grupo Santa Helena.

Compartilho a foto do painel e um trecho da matéria: “os pedestres que passam apressados... quase sempre olhando para o chão, voltados para dentro de si mesmos” pois, “o que pode haver de tão interessante naquela “pintura” ladeada por um anúncio de óculos e pela placa de entrada do estacionamento do prédio para que alguém pare para olhá-la?”



Léa 16/01/2012

Obrigada Tia!

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