O ano de 1960 foi muito especial para mim.
Cursava o 3º ano do antigo ginásio e dava aulas de reforço para dois primos, Moacyr e Pedrinho, ambos, dois anos mais novos que eu.
Aos sábados eles vinham à minha casa para as aulas e podiam ficar até a hora que quisessem, aos cuidados da “Lídia, a prima mais velha, comportada e ajuizada”.
Colocávamos a matéria da semana em dia, depois... iahuuuuuuu!!!!! Liberdade! Pegávamos nossas bicicletas e partíamos em direção ao Aeroporto de Congonhas.
Da rua do Níquel, no Brooklin, até o aeroporto é uma boa estirada (é só olhar no Google), boa parte dela com subidas íngremes. As ruas eram de terra, com sulcos feitos pelas enxurradas e cobertas de pedregulhos e as bicicletas não tinham marchas.
Nosso objetivo era apostar corrida.
Quando chegávamos ao aeroporto, respirávamos fundo e 1...2...e já! Descíamos desabalados através da Washington Luís, Joaquim Nabuco, Zacarias de Góes, Martim Francisco (hoje Laplace), a rua do Ouro ( hoje Constantino de Souza), a Platina ( atual Eng Luis A Tambasco) - que mania que eles têm de mudar os nomes das ruas!... - e finalmente rua do Níquel. Não havia trânsito, atravessávamos as ruas sem parar para olhar, levantando poeira e pedras.
Quando os meninos iam embora, a prima ajuizada escondia os joelhos e cotovelos ralados e esperava feliz da vida pelo próximo fim de semana para se soltar livremente por aquela São Paulo serena e amiga.
É verdade que vc dirigia motos?
ResponderExcluirQuem é você "Anônimo?" Obrigada pela visita ao blog. Apresente-se e respondo sua pergunta.rsrs
ExcluirNessa época do texto, meu pai tinha uma moto, 350 cilindradas e nos finais de semana me levava para os lado do Morumbi, que na época era um imenso loteamento e lá me deixava dar umas voltinhas. Era uma delícia!!!!!!!
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