Não sei se por eu ser uma menina muito levada, que não se contentava só em brincar de bonecas e de casinha, mas precisava participar também das divertidas brincadeiras dos meninos: empinar quadrados, caçar passarinhos com arapucas e estilingue, subir em árvores, jogar tacos, fazer balões... ou porque realmente me queria uma donzela prendada, minha mãe decidiu que aos 8 anos deveria me introduzir no maravilhoso mundo das prendas femininas, começando pelo crochê.
Durante uma hora por dia, eu praticava. Correntinha, ponto baixo, ponto alto e assim com essa idade, confeccionei parte por parte, a peça, que guardo e mostro aqui. Depois, vieram as tardes de tricô, os lencinhos com monogramas bordados e as noções de corte e costura.
Na escola, durante as aulas de "trabalhos manuais", tirava de letra as artes ensinadas e ainda ajudava as colegas.
Na escola, durante as aulas de "trabalhos manuais", tirava de letra as artes ensinadas e ainda ajudava as colegas.
Tudo isso não me impediu de chegar aos 14 anos empinando capucheta com estirante de barbante do pacote de 5 quilos do Açúcar União, para horror das tias mais velhas que não viveram para ver as pinturas, os bordados, os crochês, as peças com ajour, ponto Paris, ponto sombra e até nhanduti, tudo feito por mim, para o meu modesto enxoval.
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