18 de junho - Café da manhã, foto no jardim interno do hotel. Frio, muito frio - 2ºC. Saímos bem cedo. A névoa ainda impedia que avistássemos Cusco que ficava para trás enquanto subíamos a montanha em direção aos caminhos do Vale Sagrado dos Incas, com o sol à frente tentando se impor majestoso sobre os Andes.
No caminho casas típicas da região, sempre com os dois Toritos de Pucara de cerâmica, preenchidos com estrume, na cumeeira dos telhados, para proteção, sorte e prosperidade no lar. Nos mais remotos vilarejos, sempre o orgulho de ser cusquenho expresso nas paredes das casas.
No caminho casas típicas da região, sempre com os dois Toritos de Pucara de cerâmica, preenchidos com estrume, na cumeeira dos telhados, para proteção, sorte e prosperidade no lar. Nos mais remotos vilarejos, sempre o orgulho de ser cusquenho expresso nas paredes das casas.
Primeira parada: Awana Kancha, um empreendimento particular que promove a recuperação de técnicas ancestrais de fiação e tecelagem andina. Um local com visual rústico, construído com pedra e barro, onde num mesmo espaço podemos conhecer as diferentes espécies de camelídeos andinos - alpacas, lhamas, guanacos e vicunhas, tocá-los e até alimentá-los ao mesmo tempo que do outro lado do caminho se pode conhecer técnicas de tecelagem com a lã dos animais e tintura da mesma com tintas elaboradas a partir de elementos da natureza: plantas, minerais e até uma bactéria do cacto - cochinilla - que amassada torna-se um pigmento carmim, além da exposição das inúmeras espécies de milho e batatas andinas. Tudo bem organizado, com excelentes guias locais e com o envolvimento de famílias da comunidade local.
De Awana Kancha fomos para a cidade de Pisac e seu famoso mercado ao ar livre onde, em incontáveis e coloridas barracas se encontra de tudo que o Peru pode oferecer em termos de artesanato. Não sou de fazer compras, mas, não resisti e comprei uma concha como recuerdo, sendo esta, e devo registrar, minha primeira compra em dólar, não sem antes passar na lanchonete e beber uma chicha morada bem gelada.
Hora de partir, lançando um último olhar para as ruínas da velha cidade sua única igreja que se destaca em meio aquele de cenário árido e quente.
Sempre acompanhando o Rio Urubamba - meseta de las arañas em quechua - um dos principais rios do Peru, o Vale Sagrado apresenta em todo seu trajeto vestígios da cultura inca, preservados como santuários e extensas áreas de cultivo de milho, batatas e especialmente quinoa que, com suas cores amarela, branca e vermelha nos remetem aos campos de trigo de Van Gogh, rodamos até a hora do almoço no agradável restaurante Tunupa, às margens do Urubamba.
Com as forças refeitas, resta saborear lentamente o chá de coca para enfrentar o Mal das Alturas, na subida do Ollantaytambo, nossa próxima parada.
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