Estive fora alguns dias. Perdi a festa do dia das mães na paróquia, deixei de ganhar uma rosa de presente do Mambo, perdi o brechó da paróquia – o melhor de todos segundo minha amiga Socorro – e perdi minha querida tia Mariazinha que faleceu no dia 4 de maio, exatos três meses do falecimento de minha mãe. Coincidência? Acho que não.
A tia Mariazinha era a esposa do tio João, irmão de minha mãe. As duas sempre foram muito amigas e enquanto pode minha mãe a visitava amiúde. Dizia: “Hoje vou tomar um cafezinho com a Mariazinha” e lá ia ela para os altos do Jardim Miriam. Muito simples, sem pais, criada pelos avós, essa tia querida sempre nos recebia com seu delicioso café com bolo.
Bem idosa, beirando os 90, já perdeu o esposo e os dois filhos homens, restando-lhe a única filha mulher, minha comadre, madrinha do meu filho mais velho. Nos últimos tempos, bem debilitada contava com os cuidados da nora, pessoa que combina com o nome, Flor, que a tratava com dedicação e carinho como nunca vi.
Deixa muitas saudades e uma linda família que perpetuará seu nome às novas gerações.
Quando soube de seu tranquilo passamento, a única coisa que me veio à cabeça foi: “Agora as duas Marias estão tomando cafezinho juntas na Casa do Pai”.
Da esquerda para a direita: eu, minha mãe, tia Mariazinha e Benedito o filho mais velho, em foto que deve ser de 1947, tirada em frente à casa dela, na Vila Indiana.
Quem se lembra da Vila Indiana, a vila dos operários da Fiação Indiana que ficava em parte onde hoje está o Shoping Ibirapuera?
Com certeza as duas estão saboreando um bom cafezinho e relembrando todos os momentos que viveram.
ResponderExcluirabraço