AMENDOIM
Ontem não resisti. Final de tarde, volta do trabalho, Rebouças congestionada. Aqueles ambulantes vendendo amendoins nos cones de papel amarelo, quentinhos!

De vez em quando tiram o cestinho de brasas, seguram por uma alça e num movimento de pêndulo incensam a noite que se aproxima, reavivando o fogo e dando um colorido especial às esquinas, praças e canteiros centrais.
Na altura da Joaquim Antunes o trânsito embolou de vez. Nada anda. No console a moeda olhando para mim. Eu olhando para o amendoim (Chi... rimou!). Abro o vidro e cedo à tentação.
Saboreando aqueles grãos sem pele, recobertos de sal, lembro-me da barraquinha de doces do seu Luiz, na porta do Grupo Escolar Mário de Andrade. Ele vendia esses cones com amendoins, tinham pele, o cone era maior e feito de papel de pão.O gosto era o mesmo.
Na Oscar Freire, entorno o sal acumulado no fundo do saquinho, ao som de “Time as to time” do Rod Stewart, enquanto pessoas encolhidas e carrancudas saem das lojas de grife carregando sacolas coloridas. Faz frio.
Observo-as e penso: olha eu aqui, deslizando a 10 por hora ao sabor do amendoim torradinho, com gosto de matinée de domingo, tarde no circo, pelada no campinho, tudo pela módica importância de R$ 1,00!
hehehehe... bem meu estilo!!!
ResponderExcluirExcelente texto. Beijokas
Obrigada, nada como um doce olhar de amiga, que vê tudo bom!!!! Bj
ResponderExcluiro simples da vida que muito encanta!
ResponderExcluirabraço grande