terça-feira, 13 de março de 2012

É o extermínio!

12 de março, dia de Santo Inocêncio.

Santa inocência, isso sim, a minha, quando achei que a segunda feira ia ser um dia de muito trabalho. Muito? Não, ainda precisa ser inventada a palavra para descrever o que foi a minha segunda feira. Minimizando diria que vivi as 24h da fúria.

Saio logo cedo para comprar uma peça no Morumbi enquanto fazia hora por causa do rodízio. Antes, abasteço o carro e vou à farmácia. A maquininha do Mastercard avisa: “cartão inválido”. Inválido como, se acabei de pagar o combustível? Pago em dinheiro, o dinheiro que era para comprar a peça, e, com a pulga atrás da orelha, começo, ali mesmo na farmácia, a via sacra para falar com o banco.

Muitos minutos depois e diversas tentativas erradas de acesso, sou informada que não havia nada com o cartão. Espumando, antes do final rodízio, volto ao caixa que já me esperava com um sorriso para dizer que era problema com o sistema da Mastercard.

Conclusão: não comprei a peça, fui até uma agência do banco para sacar e como São Tomé, conferir o cartão. Pronto. Já havia passado a hora do rodízio e sigo para o ap. para uma faxina geral. Preciso dele limpo e desocupado de tranqueiras.

Não vou descrever a faxina, seria literalmente cansativo, pois há uns seis meses não ia lá. Só digo que entre os guardados estava a roupa com que meu filho morreu executado, a parte que a polícia devolveu, o que interessava não veio. Há 12 anos e meio preciso me desfazer daquilo. Ontem foi o dia. Chorei tudo o que tinha direito e dá-lhe limpeza.

Não almocei, trabalhei duro e quando entrei no carro depois do banho tomado, pensei: "Que bom, fiz o que precisava, agora é só chegar a casa, cuidar do pai, comer muito, dar uma passada no facebook e DESCANSAR assistindo a um bom DVD.


Santa inocência! Era de novo hora do rodízio e esqueci completamente. Acho que fui flagrada por umas seis câmeras. Seja o que Deus quiser, estava na rua, precisava vir para cuidar do meu pai que estava só.

Ao chegar próximo de casa, parecia que havia passado um furacão. As ruas pareciam praças de tanta planta amontoada. Era preciso desviar. Em casa, 300m² de área forrada de verde e o telhado do terraço onde trabalho destruído. Abri a porta da cozinha, com medo do que fosse encontrar. Graças a Deus, nada além do susto.


 

Já era mais de 22h quando finalmente consegui separar o joio do trigo, nos meus materiais, separando, jogando, lavando.

 

Balanço de hoje: mais de 1000 litros de lixo recolhido, a maior parte pela “santa” Maria, minha doméstica querida, minhas mãos feridas pelos cacos das telhas e eu, bem DESCANSADA, passei o dia, sem almoço de novo, com meu pai no Pronto Socorro. 


É o extermínio! 

Um comentário:

  1. Só a senhora mesmo!!!!! cada dia eu aprendo mais, com seus belos textos!!!! a sra. não sabe,mas,leio seus texos desde a época do VIVASP,agora mesmo me lembrei de um, que a sra.conta sobre o aniversário de sua neta Sofia, se não me falha a memória, que foi comemo
    rado no pátio do coléio, que chic!!!!!bjs

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