quarta-feira, 22 de junho de 2016

PERU – Compilado de Viagem III - Paracas

Reserva Nacional de Paracas - Flora e Fauna




Deixo Lima às 7h da manhã com destino a Paracas – quatro horas de viagem, seguindo pela Carretera Panamericana, uma estrada de 25.800 km, que vai do Alaska até a Argentina. Como a maioria das pessoas vai ao Peru para ver Machu Picchu e o Vale Sagrado e estamos fora de temporada, para as visitas a outros lugares geralmente os grupos são pequenos, assim, neste translado, eu era a única passageira, com direito a personal guia. Muito bom, explicações perfeitas.



A paisagem inicialmente marinha era de praias extensas, às vezes planas outras com elevados acúmulos de areia. Sempre cinza e com muita neblina. Aos poucos vemos clarear e, entre colinas, seguimos através do deserto.

No caminho, uma parada técnica para los servicios higiénicos, esticar as pernas e experimentar uma Chicha Morada, refresco tipicamente peruano feito com o milho de cor roxa, fervido com especiarias e frutas e adoçada, servida fria ou gelada.  Uma delícia refrescante.

O hotel uma grata surpresa,  construído na praia, próximo a um atracadouro, acomodações aconchegantes, todas com vista para o mar, com extensa piscina que acompanha a linha do mar e onde pela manhã pássaros marinhos bebem água e são os primeiros a desfrutar do prazer de nadar ali.





Para essa tarde estava agendada a visita à Reserva Nacional de Paracas – Flora e Fauna.

É a única reserva costeira do Peru, que inclui porções de mar e deserto no seu território. É o lar de várias espécies de aves migratórias e faz parte da lista de zonas úmidas de importância internacional.  Sua altitude varia de nível do mar até 786 m de altitude. Está localizada na Península de Paracas, província de Pisco, departamento de Ica. Tem um clima cuja temperatura varia entre 15,5 ° C e 22 ° C, com precipitação média anual de chuvas quase nula, 2 mm. Clima que depende exclusivamente da Corrente de Humboldt.

Começamos com uma caminhada pela praia, até onde é permitido,  em direção ao santuário ecológico de aves. Ali o cheiro forte da maresia nos avisa da presença da Corrente de Humboldt que produz o aquecimento da água e a putrefação das algas. Pelicanos,  gaivotas, guanays, pinguins e outras passeiam por ali nos observando à distância.

No museu o guia me pergunta se sabia o que era “guano”, como falava rápido o castelhano  entendi “iguana” e respondi: um animal. No, no, no animal - excremento - e explicou que os guanays são aves denominadas guanaderos porque suas fezes são utilizadas como adubo e até no preparo de explosivos.



Dali seguimos para o deserto onde vivenciei a experiência única de ver o encontro de deserto e mar, transitar por um caminho de sal no deserto, levantar com o guia, um montinho de pedras em solo sagrado, deixando minha marca.









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