terça-feira, 2 de novembro de 2021

Viajei. Estou viva!!!


Depois de um ano e sete meses em quarentena por conta do COVID19, vacinada e mais confiante, alcei vôo para rever a parte da família do Mato Grosso do Sul.

Primeira parada Campo Grande, casa da neta Vitória e sua companheira Ágatha. Não ví a neta, está em estágio da faculdade no interior de São Paulo, mas a Ágatha me recebeu como avó e tratou-me como princesa e, acompanhadas dos cinco cães da casa: Kriga, Huguinho, Klebinho, Pérola e Jorginho, passamos dias agradáveis e alegres. Gratidão sempre.

Segunda parada, ainda em Campo Grande, o tão esperado encontro com a neta Amanda e o esposo Bruno, para conhecer seu lar e o Benjamin, meu mais novo bisneto. Nasceu prematuro, foi até hoje, a menor criança que tive em meus braços. Emoção, alegria, preocupação, tudo junto e misturado, mas acima de tudo gratidão por todos estarem bem. 

Entre um lufa-lufa e outro de cuidados com o bebê, conheci um pouco do local, recebi a dose adicional da vacina do COVID, presenciei uma tempestade de areia e terra  e uma noite, caí da cama. Simmm, consegui essa proeza. Cama box, alta. Cochilei e sem perceber fiquei de costas muito na beirada. Ao acordar, virei-me no vazio. Caí de lado sobre o braço. A sensação foi de que todos os meus órgãos internos saíram do lugar. Por um momento não consegui respirar, nem pedir ajuda. Foi rápido, mas assustador. Quando levantei-me todas as costelas do lado esquerdo doíam e logo formaram-se calombos sobre elas. Nada fraturado, nada de PS.

Três dias depois do insólito acidente, partimos todos para Maracaju, casa da minha filha Cristina, seu esposo Luciano e meus netos Ângelo e Vida Maria. 

Dias alegres, corre corre, aniversário da filha-avó, bolo, parabéns  e visita do  neto mais velho, Artur, a esposa Carline e a bisneta Letícia, dois anos e dois meses que, com sua alegria e vivacidade encanta e surpreende. Mais duas  tempestades de areia, terra e chuva e o encontro de um filhote de pássaro, caído do ninho que adotei e dei o nome de Xipa.

Como a dor das  costelas era diretamente proporcional às alegrias, num dado momento, não consegui mais sentar nem deitar e até respirar tornou-se extremamente doloroso. Aí vem a parte boa.

O Hospital da Felicidade - Pronto Socorro  sim,  esse é o nome fantasia do único hospital de Maracaju, fica a pouco mais de 200 metros da casa onde estava. Se já não fosse tarde da noite, iria a pé - nessa posição nada doía, mas "gato escaldado tem medo de água fria" e paulistana que sou, preferi não arriscar.

Levada ao PS, vazio naquele final de feriado de 12 de outubro, fui prontamente atendida,  medicada e, de volta para casa, depois daquelas quatro injeções - duas em cada nádega - só lembro de ter trocado de roupa e apagado. 

E como não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe, depois de muito por de sol, sorvete e açaí, chegou a hora do retorno. Cabeça leve, coração aquecido e costelas sem dor.



Um comentário:

  1. Você acreditaria se eu lhe dissesse que nunca pude fazer uma viagem de recreio ? O máximo que me distanciei desta minha Terrinha foi quando, por três vezes durante a minha infância, eu fui até Aparecida ? Nunca sai do nosso Estado de São Paulo. Sinto uma tristeza muito profunda por ter perdido a oportunidade de conhecer tantos lugares bonitos...

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