quinta-feira, 23 de julho de 2020

Tudo pode ser sorte ou azar, depende do que vem depois


Houve um tempo em que morei na cidade de Mogi das Cruzes e desse tempo quero deixar aqui minhas lembranças.


31 de dezembro de 1978

O caçula, onze meses, estava com mais uma de suas crises de bronquite. O calor úmido de Mogi das Cruzes não é para os fracos, já dizia o saudoso pediatra Dr Jorge Nassu.  Fomos todos ao Pronto Socorro da Santa Casa. E ali foi nosso réveillon com o pequeno na inalação.

Chegamos em casa na primeira hora de 1979 e do portão ouvíamos o toque do telefone. Tocou e parou algumas vezes até que abrimos todas as portas e chegamos até ele.

Era da paróquia do Jardim Universo, do nosso amado Padre Orfeo. Uma voz afoita perguntava se estávamos com os nossos talões da rifa que havia corrido há pouco pela Loteria Federal. Sequer lembrávamos da existência deles. Não. Não estavam em casa.

No sábado, dia 30, data final para prestar as contas, meu esposo, que havia vendido apenas um número (eram dois talões com dez números cada) havia feito o acerto – um baita prejuízo - mas os talões ficaram no escritório da Elgin.

A pessoa ao telefone dizia que pelo que constava na prestação de contas o número ganhador estaria em nossos talões e se assim fosse, a pessoa deveria ir receber o prêmio.

Ansioso – e se o ganhador fosse o único número vendido? -  lá vai meu marido à Elgin àquela hora, resgatar os talões e constatar que sim, ele havia sido o feliz ganhador de um Fusca Amarelo, 1978, 0km.

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